sexta-feira, dezembro 09, 2005

Debates

Até hoje, os dois debates presidenciais que existiram foram um tédio. Um verdadeiro tédio.
Cavaco e Alegre não trouxeram nada de novo. Alegre, mesmo que ao princípio o tenha feito, não concorre contra Cavaco, mas sim contra Soares. Tem uma posição a marcar e, por isso, convém-lhe não atacar muito Cavaco e marcar uma posição oposta a Soares. A Cavaco é benéfica esta luta estando, obviamente, do lado de Alegre.

Soares e Jerónimo não fez sentido. Tentaram mostrar que estão mais longe um do outro do que realmente estão. Soares parece não perceber que faz agora dez anos que deixou Belém. As constantes referências ao presente como sendo ele o Presidente não são propriamente democráticas como ele se afirma...

Hoje, finalmente, a conversa anima com Louçã e Cavaco. Outra coisa não era esperada. Louçã usa bem da palavra e sabe puxar dos galões da esquerda moderna passeando-se subtilmente pelos caminhos do populismo sem nunca perder a postura de docente (se fosse Cavaco a referir-se ao Nelson, um pequeno rapaz de 9 anos que até chora pela selecção nacional e cujos pais não estão legalizados, caíria o Carmos e a Trindade). Cavaco, porém, dá-lhe resposta e mostra que tem a lição perfeitamente estudada. Sabe o que vai dizer, como vai dizer, independentemente do que se passa à volta.