segunda-feira, outubro 17, 2005

Reagindo à boa nova...

Acho que a notícia só se acomodou no meu coração quando fiquei sozinho! Desde essa altura, carrego na cara um sorriso extremamente parvo, mas inquestionavelmente feliz!

Já se imaginam situações, emoções, confusões...
Os futuros pais só hoje souberam e já fazem planos a longo prazo: a cama que acolhe todos os bebés da família há mais de 60 anos, onde anda? De que cor vai ser pintada? A cadeirinha para transportar o bebé? Compra-se para que carro? Para o dos pais? E também para o dos avós, certo? (antes que se lembrem do do tio, vou guardar o meu FU, porque aquilo não é carrinha da escola).

A avó, numa qualquer reacção pavloviana, corre às lojas de bebé na tentativa de comprar a primeira peça de roupa. Nem pensar que a outra avó lhe passa à frente: "É só uma gracinha, nada de extraordinário".

Mesmo não estando grávido, o avô inchou: "Eu tinha um feeling...", diz ele.

A bisavó recolhe ao seu passado para de lá trazer o pai e o tio quando crianças. Para trazer as nossas brincadeiras, as nossas roupas, as nossas manias... Nela, o tempo regride e avança a um ritmo alucinante desenhando metas, projectando o futuro.

Os olhos do bisavô mostram aquilo que um homem do tempo dos bisavós não diz. Mostram o reflexo da criança que vem a caminho.

Nesta Casa hoje vê-se felicidade na cara de todos.