sábado, dezembro 30, 2006

Sabes o poder que tens sobre mim. Sabes que a tua voz me acalma, que o teu som me eleva para um sítio de estrelas e anjos. Sabes que me lembro de cada pedaço teu. Dos teus olhos, dos teus lábios, de cada marca de nascença, de cada linha que tantas vezes tracei com os meus lábios. Sabes que sou teu. Sei que te lembras de mim em cada instante. Sei que te lembras do amor que os meus olhos te mostram. Sei que sentes na minha voz a certeza do nosso futuro. Sei que tens na tua mão o calor da minha pele, como eu tenho nos meus braços o calor do teu peito...

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Somos um

Penso em ti e estou completo.
Deixo que me segures a mão e me levantes do chão, voando por entre as nuvens do céu que partilhamos, indiferentes a tudo o resto. Pelo caminho, cruzamo-nos com anjos que nos sorriem e cantam músicas, comemorando a nossa passagem. Lá em baixo, os mortais olham-nos e invejam-nos, meras testemunhas da mais bela alma alguma vez criada. Paramos numa nuvem. Passa por nós uma estrela cadente. Foge, envergonhada, por se aperceber que a nossa luz é mais forte que a dela. Olhamos nos olhos um do outro... Temos a certeza que um dia que as estrelas percam a luz, seremos nós a iluminar o nosso céu.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Venha o tempo e venha o mundo...
Não serão mais do que inúteis leitores do livro que, palavra a palavra, escrevemos juntos...
Et si tu n'existais pas,
Dis-moi pourquoi j'existerais.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

As estrelas não brilham. Em seu lugar, lágrimas de luz escorrem num fundo negro onde em tempos esteve a Lua.
Chego a casa. Fecho-me e abro o meu coração, libertando-te desse espaço enorme onde te guardo do mundo. A tua beleza aquece-me a alma e as estrelas vão aos teus olhos buscar a luz perdida.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Where do I begin?
To tell the story of how great a love can be

domingo, dezembro 03, 2006

Respiro o teu corpo

Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.

Eugénio de Andrade